quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Nossa Senhora de Lourdes

Imaculada Conceição
"Privilégio concedido a Maria, que A distingue da nossa condição comum, não A afasta antes, pelo contrário, aproxima de nós. Enquanto o pecado divide e nos afasta uns dos outros, a pureza de Maria torna-A infinitamente próxima dos nossos corações, atenta a cada um de nós e solícita do nosso verdadeiro bem. Podeis constatá-lo em Lourdes como em todos os santuários marianos: multidões imensas acorrem aos pés de Maria para Lhe confiar aquilo que cada um tem de mais íntimo, aquilo que cada um tem particularmente no peito. (...) Diante de Maria, precisamente em virtude da sua pureza, o homem não hesita em mostrar-se na sua debilidade, em manifestar as suas interrogações e as suas dúvidas, em formular as suas esperanças e os seus desejos mais secretos. O amor materno da Virgem Maria desarma toda a forma de orgulho; torna o homem capaz de se olhar como é, e inspira-lhe o desejo de se converter para dar glória a Deus."

As aparições da Virgem Santíssima é mais uma amostra da predileção de Deus pelos mais pobres.

Bernadete Soubirous
Bernadete era pobre em tudo: social, intelectual e até fisicamente falando. A história de sua família começa com as dificuldades de seu pai em sustentá-la. Em um acidente no moinho, o pai de Bernadete, perde a visão de um dos olhos e já não é capaz de produzir farinha de boa qualidade. Não bastando isso, a crescente industrialização aprimora o processo de produção de farinha, tornando o instrumento da família Soubirous obsoleto e insuficiente. Por fim, uma seca de dois anos faz com que o trigo diminua e insta Francisco Soubirous a vender o seu trabalho braçal para girar os moinhos de outrem. O preço de seu trabalho chega a valer menos que o de um animal, que, por possuir mais músculos, consegue girar o engenho com mais força. Episódios trágicos seguem-se, um após o outro, e chegam a desabrigar a família, que se vê obrigada a morar favor na casa de um parente. Eles vão, então, para um pequeno espaço, apelidado de "cárcere" (" le cachot", em francês).
Ali, vivendo todas as dificuldades de uma vida humilde, Bernadete contrai uma cólera – doença epidêmica, à época – e, talvez vítima dos desajustados métodos para o tratamento da doença, acaba contraindo uma asma, que não a abandonará até a sua morte.
Bernadete também era analfabeta. Um ano antes das aparições, vivendo na casa de sua ama-seca, esta tentou ensinar-lhe o Catecismo, mas teve muitas dificuldades, pois Bernadete só sabia falar o dialeto. Constantemente maltratada por sua ama, ela voltou para a casa de seus pais.
E foi saindo dali, em fevereiro de 1858, que a Virgem Santíssima lhe apareceu. Estando ela em casa, no cachot, a lenha acaba. Então, ela, sua irmã mais nova e uma amiga vão buscar um pouco de lenha. Chegando perto do córrego, as duas meninas atravessam-no, mas Bernadete, temendo entrar na água fria, por causa de sua asma, fica. Ao tirar as suas meias, para atravessar o riacho, ela percebe uma rajada de vento sobrenatural e, quando olha para a gruta, do outro lado, vê uma jovem, vestida de branco, com uma faixa azul, um rosário e duas rosas douradas nos pés. Instintivamente ela se ajoelha e tenta fazer o sinal da cruz, mas seu braço está como que morto. A Virgem, então, faz o sinal da cruz. Ela imita-a e põe-se a rezar o Terço, "desfiando ela mesma as contas. Esta gruta tornou-se, assim, a sede de uma admirável escola de oração, onde Maria ensina a todos a contemplar com um fervoroso amor o rosto de Cristo"

De fato, Bernadete sai daquele primeiro encontro revigorada, tal foi o amor no qual esteve imersa durante a visita da Santíssima Virgem. E ardia nela o desejo de rever a Senhora.
É interessante: Em Lourdes, "Maria dá ênfase à pobreza, mas também fala da oração, vem recordar-nos que a oração, intensa e humilde, confidente e perseverante, deve ter um lugar central na nossa vida cristã. A oração é indispensável para acolher a força de Cristo.
Na oitava aparição, Bernadete, que sempre parecia tão tranquila, ficou triste, sombria. "Esse dia Maria tinha pronunciado uma palavra nova.‘Penitência!’ E disse: ‘Rogai a Deus pela conversão dos pecadores!’ Logo lhe pedira que ‘se ajoelhasse e beijasse o solo como penitência pelos pecadores’.
Na aparição a Santa Bernadete, Nossa Senhora faz uma promessa importantíssima, cujo conteúdo deve ser levado muito a sério por todos: " Não prometo fazer-lhe feliz neste mundo, mas no outro"[9].
Essas palavras nos dá um ânimo para verdadeiramente fazermos penitência. Afinal, não é possível amar neste mundo, com a nossa carne manchada pelo pecado, sem passar pela senda do sofrimento. Há uma lei dentro de nós que diz: Quem quer amar de verdade não pode fazer o juramento de não sofrer. Isso acontece porque o amor é uma aliança de sangue, que diz: "Eu derramo o meu sangue, mas não desisto de você".
Na nona aparição, Nossa Senhora manda Bernadete escavar o chão e ali, na gruta de Massabielle, surge uma fonte de água. Trata-se de um convite aos fiéis para renovarem o seu batismo e, ao mesmo tempo, de uma oportunidade para comprovar a veracidade das aparições: são muitíssimos os milagres operados por Deus nas águas de Lourdes, milagres rigorosamente avaliados e amplamente respaldados pela ciência. Em um desses eventos extraordinários, uma mulher tuberculosa, com os pulmões completamente prejudicados, esquelética, já no último grau da doença, tendo passado por vários hospitais especializados, encontrou sua última esperança em Lourdes: ela foi miraculosamente curada, depois de ser imersa na água fria da gruta de Massabielle.

O Papa que reinava à época das aparições, o beato Pio IX, tinha um método de evangelização bastante ousado: diante da resistência anticlerical vindo principalmente de uma França afetada pela Revolução de 1789, ele decide, com coragem, proclamar os dogmas da Imaculada Conceição. Na condução de uma Igreja internamente desunida e externamente atacada por todos os lados, o Santo Padre escolhe um remédio de bravura: ser exageradamente católico, reforçar ainda mais a fé cristã, dando ênfase a Nossa Senhora.
De fato, o dogma da Imaculada Conceição de Maria – segundo o qual "a beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição, (...) foi preservada imune de toda mancha da culpa original” – foi proclamado no ano de 1854, quatro anos antes de a Virgem aparecer na cidade de Lourdes.
No entanto, a pequena Bernadete, que não sabia nem que a "bela Senhora" que tinha visto na gruta era a Virgem Maria, muito menos sabia que o dogma da Imaculada Conceição havia sido proclamado por Pio IX. No dia 25 de março de 1858 Nossa Senhora apareceu-lhe e disse “Eu sou a Imaculada Conceição"!
Bernadete, que nunca tinha ouvido aquela expressão, saiu da gruta, repetindo para si mesma aquela frase, para contá-la ao padre, que tinha pedido uma comprovação da veracidade das aparições. O sacerdote ficou perplexo, pois conhecia aquela menina, que não tinha feito a primeira Comunhão e, portanto, não sabia o que era a Imaculada Conceição. A partir desse momento, o crédito das aparições aumentou.

Quando as aparições terminaram, a família Soubirous conseguiu melhorar um pouco de vida, mas apenas através do seu trabalho. Repugnava-lhe pensar em ganhar dinheiro à custa da fama das aparições.
Em 4 de julho de 1866, com 22 anos, Bernadete que então vivia uma vida de doação aos mais pobres, tomou o trem por vez primeira e única na vida. Foi a partida de Lourdes, à qual nunca mais voltaria, entrou, no convento de Nevers, onde passou o resto de sua vida.
Ela sofreu muito a ruptura com seu rincão natal, mas interrogada muitas vezes, ela sempre respondia que a missão em Lourdes estava cumprida, que ela só voltaria a ver Nossa Senhora no Céu, se ela fosse direita.
Tratada com severidade pela mestra de noviças, Bernadete viveu com amor, o recolhimento e a humilhação.
Certa feita, exclamou:
― “Ah se eu pudesse ver a gruta novamente! Infelizmente meu caminho não passa mais por ali, eu fiz o sacrifício de Lourdes. Eu verei Nossa Senhora no Céu, vai ser mais bonito”.
Vítima de uma tuberculose, nasceu para o Céu com 35 anos.
Santa Bernadete
Trinta anos após a sua morte, exumaram o seu corpo e ele estava incorrupto. O seu crucifixo estava corroído, o terço, oxidado – ou seja, havia umidade –, mas, ela mesma estava intacta. Após a enterrarem e exumarem de novo, o seu corpo continuou intacto. Finalmente, hoje o seu corpo está exposto na igreja de Saint Gildard, em Nevers.
Bernadete Soubirous é a grande pobre de Deus, escolhida para uma vida de profunda humildade. Não se pode ser santo sem ser humilde, sem se recordar pequeno e miserável diante do Senhor. Por isso, a grandeza de Lourdes está justamente na escolha dos pobres.

"Não prometo fazer-lhe feliz neste mundo, mas no outro". Com os olhos voltados para o alto, imitemos esta grande serva de Deus e busquemos amá-Lo com cada vez mais generosidade. A vida de Bernadete pode não ter sido rodeada de grandes glórias, mas como não invejá-la, agora, que ela goza da verdadeira vida, no Céu?

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Bem vindo mês Fevereiro!


«Abriu-se o Templo de Deus no céu» (Ap. 11, 19); o véu da fé rasgou-se e deixou-nos passar, a fim de vermos o céu, o que se passa lá em cima, a sua glória e perene juventude, a sua força e o seu poder. Isto é Lourdes: a porta do céu que se entreabre.

      Quando a ciência médica e cirúrgica pensava ter atingido o zênite de progresso, a Virgem Santíssima valia àqueles que os médicos desenganavam. Quando a ciência racionalista se ria do sobrenatural, solenemente a Imaculada Conceição, a muralha do sobrenatural deu passagem a Maria e ela apareceu no Sul da França a uma menina do campo, e disse-lhe também:

                      «Sou a Imaculada Conceição».

Que neste mês que se inicia ela também possa trazer a todos o progresso espiritual, sobrenatural e concedê-lhes a cura tão almejada.

Seja bem vindo o mês de Fevereiro e com ele as curas e bençãos do céu.


Reflexão


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